Sérgio Oliveira é presidente da Rede Circo do Mundo Brasil.
A Rede Circo do Mundo Brasil (RCMBr) promove nos dias 1,2 e 3 de julho, em parceria com o 7° Festival de Circo de Taquaruçu (FCT) e a Associação de Circo os Kaco, uma ação formativa EMERGENCIAL, visando a qualificação e a reflexão dos arte educadores e comunidade em geral sobre as ações com circo social neste momento.
A programação em parceria com o 7° FCT está dividida em dois formatos. Pelas manhãs uma formação online com o tema O Circo Social no contexto da pandemia COVID 19 será realizada pelos profissionais formadores da Regional Centro Oeste - Norte da RCMBr. Ao todo serão disponibilizadas 20 vagas para educadores associados a rede, mas caso as vagas não sejam totalmente preenchidas serão abertas ao público externo.
O presidente da RCMBr, Sérgio Oliveira, explica que será realizado um levantamento mais detalhados junto aos participantes inscritos, através de um formulário online. A partir do recebimento destas informações, a equipe que está organizando a formação terá maior clareza e conhecimento de suas expectativas bem como os conteúdos que os participantes gostariam de receber nesta formação, que será adaptada às condições emergenciais que o momento requer. “É claro que uma formação à distância não se compara a experiência das nossas formações presenciais, mas entendemos que o momento exige uma ação emergencial e que é mais que necessário abrir esse canal de debate com os educadores”, destacou Oliveira.
A iniciativa busca provocar reflexões e a criação de estratégias para ajudar a todas as educadoras e educadores sociais na travessia deste momento de pandemia. “Acreditamos ser de grande importância este momento para pensarmos juntos nas questões do distanciamento social e as possíveis consequências que trazem aos trabalhadores da arte e cultura”, afirmou o presidente, destacando ainda que o momento exige a criação de estratégias para o enfrentamento das crises sociais e econômicas que o setor está sofrendo e a tendência de agravamento desta crise, inclusive no campo político e de governabilidade do país.
Seminário sobre Circo Social no contexto da Pandemia
De 1 a 3 de julho, durante as manhãs do 7° Festival de Circo de Taquaruçu, das 16h às 18h, será realizado um seminário ao vivo nos canais do Instagram e Facebook da Rede Circo do Mundo Brasil. Para esta formação foram convidados três importantes pesquisadores e quem abre a série de lives é o pesquisador chileno radicado no Brasil, Claudio Barria, que é doutor em educação pela UFF e foi o coordenador responsável pelo Pontão de Cultura e Educação Tear (21).
No dia 2 de junho a doutoranda na Unicamp e diretora da Cia corpo na Contramão (GO), Lua Barreto da continuidade à programação, seguido de Marco Bortoleto, que é coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa das Artes Circenses (Circus) da Unicamp, onde é professor da Faculdade de Educação Física e pesquisas nas áreas pedagógica e tecnológica das práticas circenses.
Para o diretor artístico do Festival de Circo de Taquaruçu e um dos conselheiros da RCMBr, Kadu Oliviê, “todas as estratégias de formação que estamos experimentando neste momento é uma forma de tentar compartilhar saberes que já existem na rede, construíndo assim novas práticas de inovação social através dos processos de ensino e aprendizagem que o circo tem como pontencial”. A Associação Circo Os Kaco, desenvolve atua como circo social desde 2013 e desde 2016 faz parte da RCMBr.
Para Sérgio Oliveira, presidente da RCMBr, a parceria com o Festival de Circo de Taquaruçu para a realização dessa jornada formativa “é extremamente válida, uma vez que o festival traz para si uma evidência maior das questões pertinentes ao circo, seja através das discussões sobre estéticas e linguagens, seja com a programação ou mesmo com os outros momento de diálogos que estarão na programação”.
Sobre a Rede Circo do Mundo Brasil
A Rede Circo do Mundo Brasil, criada em outubro de 2000, nasce da confluência de diferentes intervenções reunindo inicialmente seis organizações de quatro estado brasileiros que pactuavam os mesmos pressupostos: Escola Pernambucana de Circo, Aricirco, Acende/Acess (grupo oriundo do Araguaia Pão e Circo), Grupo Cultural Afro Reggae, Se Essa Rua Fosse Minha e FASE – de três distintas cidades brasileiras (Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte), da relação de parceria já estabelecida entre estas organizações e uma organização não governamental canadense do plano local e internacional, Jeunesse du Monde e da parceria com uma empresa artística do Québec, o Cirque du Soleil. Portanto, desde sua fundação, a RCM-Brasil favoreceu assim as trocas planetárias em torno de uma vontade comum: destacar o potencial dos jovens quanto ao seu próprio desenvolvimento e o seu papel na sociedade.
No Brasil, a experiência toma características específicas, uma vez que definem uma organização em rede, mais aberta e ampliando relações com outras instituições brasileiras. Esta rede, hoje reúne 22 instituições de 4 regiões brasileiras, que trabalham com educação/ promoção de crianças, mas principalmente de adolescentes e jovens de classes populares e têm como perspectiva mais geral o trabalho educativo, o exercício da cidadania, o resgate das raízes culturais. Todas estas instituições, em sua ação educativa, privilegiam linguagens artísticas (teatro, música, dança e circo) no processo educativo. As atividades desenvolvidas no cotidiano buscam favorecer a identificação destes jovens com o universo mágico do circo e com seus valores cooperativos e associativos, oferecendo-lhes oportunidade de uma nova experiência individual e coletiva.
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